sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gossip Music

O Circo de Britney Spears


Aos 27 anos, Britney Spears poderia trazer - principalmente depois de uma turbulenta fase pessoal – um trabalho musical maduro e bem trabalho, mas ao ouvirmos Circus, seu mais novo álbum de estúdio, nos deparamos com a enorme necessidade comercial de ser clichê ou de, simplesmente, ser o produto ‘Britney Spears’.

Apesar de conter canções que funcionam bem numa pista de dança, o álbum não traz nada de muito novo em relação ao anterior; talvez porque seja produzido pelos produtores principais de Blackout ou porque Britney não tenha mesmo o que fazer em uma música, ela é apenas a palhaça do picadeiro (ou dos produtores), como a própria diz:

“Em Circus sou eu como uma entertainer, e o que eu faço, e o que eu levo para o público é basicamente como um circo. Eu trago roupas e coisas teatrais engraçadas que fazem as pessoas olharem com admiração e tudo conta uma história no palco, e faz as pessoas quererem assistir mais.”


Destaques do álbum:

Womanizer

Sintetizada com mesclas de electro-pop ,dominou o topo das paradas mundiais. O refrão é tão grudento quanto “Umbrella”, aliás, tenta ser. Clique aqui para ver o clipe.

Circus

Segundo single do álbum, onde Britney diz “Existem dois tipos de pessoas no mundo, aqueles que entretêm e aqueles que observam.” Com um refrão forte, sendo tão glamuroso quanto um corset de Kylie Minogue, Circus é pura diversão (que lhe dou duas semana para enjoar).
Clique aqui para ver o clipe.

Kill The Lights

Britney é a “Rainha do Pop”? Pois isso é dito na introdução dessa música. A intenção soa como uma continuação do antigo single Piece Of Me, onde Britney tem sua revanche com os paparazzi que correm atrás dela para encher o bolso, como a própria diz. Ótima faixa, mas a letra já conhecíamos.

Unusual You

Uma faixa “mid-tempo” que fala de amor e decepção. Apesar do tema clichê, Unusual You é a melhor faixa do álbum, de belíssima composição e, como já é de se imaginar, não foi Britney quem escreveu.


Ainda para marcar seu ‘retorno’, Britney pegou emprestado o figurino de sua 'amiga' Madonna e apareceu em vários programas de TV , além de lançar, na MTV, um documentário (BRITNEY: FOR THE RECORD) onde ela conta, de forma bem censurada, todos os podres que aconteceram em sua vida pessoal e o quanto ela é insatisfeita em ser o maior ícone pop contemporâneo, demonstrando tristeza com sua vida “difícil’ e se rendendo a pressão de seu pai e de seus produtores, que são loucos com a comercialização da imagem de Spears e com o dinheiro gerado com esta.

Poxa, Britney...

Que a indústrial cultural é um circo, todos nós já sabemos.

Mas você se assumir como a palhaça realmente é novidade...



Beyoncé está de volta com Álbum duplo!

Na prática I Am…Sasha Fierce são dois EPs onde Beyoncé distingue claramente canções para casados e solteiros. No fim, todos saem satisfeitos.

Desde que as Destiny`s Child se separaram que Beyoncé buscava um disco tão completo. I Am Sasha Fierce é a magnificiência da pop, tão boa que até as baladas não soam toscas. I Am…Sasha Fierce é muito melhor que o chiclete B-day.


"If I Were A Boy", primeiro single, é, para muitos, a sua melhor canção, capaz de tocar os corações mais frios.
Irmãos separados à nascença, I Am…Sasha Fierce são dois EPs que formam um álbum duplo… moderno, mas com tendência ‘classuda’. Não há quaisquer flashbacks do rock progressivo e sinfónico. Cinquenta minutos de música são suficientes para elevar Beyoncé a um estatuto que a torna uma Etta James dos tempos modernos e uma das grandes divas dos gays (exceto minha, claro).


Por exemplo, "Single Ladies (Put A Ring On It)" são as Supremes em 2008 a cantar no Tonight Show. Beyoncé distingue-se de um pelotão liderado por Rihanna e aproxima-se de uma linha clássica.
Enquanto Rihanna corre desesperada pelo primeiro lugar, Beyoncé joga limpo. Baladas para um lado, canções de clube para outro. Ao invés do que tem sido hábito em tantos outros discos da produção em massa de R&B na América, o romantismo faz tanto sentido quanto a canção de engate. É assim a liberdade. Beyoncé se tornou DIVA.



Madonna grava DVD no Brasil amanhã!

Está chegando o grande momento esperado por milhares de brasileiros há 15 anos!

Amanhã, Madonna traz sua fábrica de pirulitos, a turnê "Sticky & Sweet", para cinco shows no Brasil começando no próximo dia: domingo (14) e segunda (15) no Maracanã, no Rio de Janeiro; quinta (18), sábado (20) e domingo (21) no Morumbi, em São Paulo.

No começo da semana Madonna iniciou o braço da turnê na América do Sul. Tocou em Buenos Aires, no estádio do River Plate, para cerca de 60 mil pessoas. Ela não vinha à Argentina desde 1995, quando filmou "Evita" -e enfrentou, na época, resistência local por se atrever a encarnar o mito portenho. Madonna tinha tocado em Buenos Aires apenas em 1993, quando também veio ao Brasil. Na agentina, Madonna fez um show profissional, irrepreensível mas previsível, já que uma apresentação "Sticky & Sweet" é um espetáculo com roteiro minimamente planejado, mais como uma peça teatral do que para um show de 'rock'. São sempre 24 músicas --nove delas do último disco. Sempre as mesmas danças e sempre na mesma ordem. Mas nada que mate a emoção de ver a fodástica Madonna ao vivo , pois isso é uma experiencia única.

Abaixo, o furor que Madonna causou no Brasil em 1993.